segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Sobre o que se é.

Estranho como tudo na vida segue um fluxo desordenado e lento, mas que quando se acorda e olha para trás parece apenas que se piscou e a vida já aconteceu.
A pessoa, no qual, eu sou cheia de marcas do passado que estão intrínsecas aqui dentro, as vezes acorda e se pergunta como e quando tudo na vida aconteceu e mudou.Acho que fui meio deslocada pelo meio. Não me lembro quando foi que troquei as tardes escrevendo pelos relatórios, pelos recursos e pelo cansaço (mental e físico) diário. Não me lembro quando deixei minha bicicleta e peguei o carro. Não me lembro quando deixei a minha casa pela a rua.Não me lembro quando deixei a lamina e passei a ser a fortaleza. Não me lembro quando mudei os meus planos. Não lembro quando comecei a machucar as pessoas tanto assim. Não lembro quando e como os rostos que antes eram tão íntimos viraram só sorrisos e um "olá" vazio e frio. Não me lembro quando troquei os braços quentes e um peito cheio de amor por noites vazias. Não me lembro quando troquei o ar livre pelo ar condicionado. Não me lembro quando descostumei com a luz do sol, agora até uso óculos escuros para não doer.
Aconteceu tudo tão rápido.. não, talvez essa não seja a palavra.Talvez a palavra seja flashes, sim isso. Minha vida é divida por flashes. Tudo como em uma comédia romântica daquelas americanas, você sempre sabe como é, aconteceu sempre tudo igual, só a forma como é contada que se difere. Quando apertamos o play sempre sabemos que vai acontecer,mas mesmo assim queremos ver o que o narrador tem para nos contar.
Sinto, sinto, sinto não sei explicar o que sinto...... das tardes com os amigos, das viagens, do dia atoa, do amor, do help, de São Paulo, daquela que eu fui e que me trouxe até aqui, mas onde é o que aqui? Dizem que as descobertas começam com a observação, mas eu so observei e apenas descobri que nada sei. A vida é tão estranha, já se foram 18 anos e apenas alguns dias que foram marcantes.
É  mais um desabafo sem sentido.