quinta-feira, 31 de março de 2011

Partindo para o infinito.


“Nossas mãos estavam entrelaçadas, sempre fazíamos isso depois de nos amar, seu corpo enroscado ao meu, suas coxas junto as minhas, e as batidas do seu coração eram a única coisa que eu escutava na imensidão do nosso silencio...”

Eu ainda lembro-me de passar as mãos pelo teu corpo nu e sentir você arrepiar enquanto sussurrava um eu te amo aos meus ouvidos, mas o nosso amor ficou assim com reticências inacabado, ao acaso a procura de nossas expectativas e gestos.

Mas as minhas mãos que um dia tocaram tão delicadamente o teu corpo macio estavam agora a me dar força, força para subir aqueles metros de altura e dar fim a todas as lembranças.

Meu corpo estava ali naquela sacada rígido, embrutecido olhando o vasto horizonte urbano e a sentir o vento a minha face que trazia consigo o cheiro do infinito e como em um passo leve de dança fui ao encontro do infinito, caindo rapidamente ate sentir o toque das nuvens ao me recolherem e então uma luz encheu meus olhos de esperança e paz,e então eu percebi que morrer não dói e fui deixando a minha vida se transformar como o nosso amor um simples amontoado de reticências.


Não terá fim,não ira acabar.

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