terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Se houver amanha



“Não papai, por favor, eu não posso mais suportar, papai, por favor,”.

Bob era um jovem de apenas quatorze anos, vivia em uma pequena cidade com o seu pai e apesar de sua pouca idade possuía uma beleza espetacular, era dono de um corpo definido e de um sorriso irresistível e algo em seu olhar representava confiança e certo mistério.

Ele possuía o que todos desejavam uma vida de sucesso, dinheiro e felicidade, era o garoto mais rico da pequena cidade e o seu pai era o fazendeiro mais influente do estado.

Bob era conhecido como o “Pequeno Príncipe”, mas o que as pessoas não sabiam era que ele pagava por isso e a conta era alta, toda a fama e conforto eram cobrados e pagos de uma maneira sanguinária e doentia, pagos pela dor de um pequeno garotinho.

“Por favor, deus se houver amanha faça com que papai acorde de bom humor, faça com que ele acorde feliz”. Era isso que Bob sempre pedia em suas orações, mas elas nunca eram atendidas.

O dia estava frio e nublado, as cenas passavam por sua mente enquanto lagrimas transbordavam de seus olhos.

As roupas estavam espalhadas pelo quarto e o pequeno príncipe jogado na cama como uma cadela no cio enquanto seu querido papai metia e gozava dentro dele, a cada ida e vinda, a cada gozada ele podia sentir a sensação de morrer, ele nascia e renascia a cada estocada a cada liquido branco que jorrava.

Há muito tempo aquele pobre garoto estava sem esperanças, sem salvação apenas com aquele vazio e aquela dor que reinava em sua vida, mas o garotinho possuía o sonho de que um dia ele e o seu adorável papai sairiam por ai e seria melhores amigos,ele sonhava com o dia em que olharia para o espelho e não sentiria mais nojo de si mesmo,sonhava com o dia em que ele se encontraria e aquele vazio insistente o deixaria,mas era apenas sonhos de um garoto que sabia que finais felizes não existiam.

“Eu te amo, meu homenzinho” e foi deixando essas doces palavras que seu adorável papai saíra deixando-o ali deitado, entre aqueles lençóis manchados pela dor, desejando que Deus o levasse daquele maldito lugar, mas depois não apareceu, somente apareceu uma garrafa de Vodka e alguns calmantes que invadiram o seu estomago.

O pequeno príncipe sentia os eu corpo amolecer e fora invadido por uma maré de desespero que rapidamente se transformou em paz. Ele fechou os olhos e sentiu sua vida se esquivar, não havia mais dor, não havia mais sofrimento, não existia mais nada alem da paz e da harmonia. Descanse em paz meu pequeno príncipe.

Não terá fim não ira acabar.

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